Miscelânia de pensamentos, sentimentos e inspirações do meu interior traduzidos em signos para serem compreendidos. Será que os serão....???
Da varanda contemplo a praia
Pelas grades de proteção
Na rede me balanço
Ao som do pancadão
Resolvo ir andar
Botar meus pés na areia
Fui a paz buscar
Pego uma frieira
Mesmo assim não desisto
Fico para apreciar
E com muito esforço
Consigo relaxar
Num minuto de meditação
Sinto alguém se aproximar
Abro os olhos e vejo
Um belo rapaz a sentar
Ele chega bem perto
Como quem vai sussurrar
De repente sai correndo
Com minha bolsa a levar
Porque que vim pra cá!
Quanto azar!
Só a benção de Iemanjá
Para melhorar
Então me levanto
E vou me banhar
Respiro fundo
Para mergulhar
No silêncio d´água
Faço uma oração
Isso me acalma
O coração
Neste momento
Todo mal esqueço
E me lembro o porquê
Que todo feriado eu desço
Deparando com a tela vazia, no meio do dia digita pensamentos dispersos
Que vêm á mente e que no cotidiano conscientemente deixa de lado.
Idéias mirabolantes de um ser revolucionário aquietado que se vê preso pelo meio, ou por si mesmo.
E de imediato vêm a resposta pré-programada que com todas as forças se faz digerir para seguir no dia a dia, que as responsabilidades devem superar as vontades e que ser respeitável é ser passivo e equilibrado, previsível e controlado.
Na busca de ser o que esperam, deixa de ser si mesmo e ao parar se esforça para lembrar o que é, ou foi, ou seria... em lamentação não se deixa levar e nem consegue, pois acontecimentos á sua volta estão para dispersar qualquer instinto de vida, a lobotizar e robotizar... e fazer esquecer do individual para viver a irrealidade real.
Marcas e resquícios estão no ser o qual se cega, mas num deslize do controle se pega á enxergar uma cicatriz em sua pele que o faz lembrar do episódio quando a adquiriu, que o faz ser gente ou provar que foi... da liberdade de correr sem rumo, ou com muitos, que agora o paralisa em frente á realidade... que não permite um impulso e muito menos quedas.
E a cicatriz dói, não fisicamente, mostrando que o passado a cada dia fica mais distante, assim como o EU.
Na cidade contam a novidade de um circo a chegar.
Ele é especial porque é todinho feito por uma só pessoa.
Com paciência ela nivela e limpa todo o terreno.
Arma a lona com muito esforço e depois a admira:
- Ah! Que colorida e linda!
Pega as madeiras, martelo, pregos, monta o picadeiro.
E lá rodopia e sonha com a multidão a assistir e sorrir.
Há pressa, faltam as arquibancadas, fantasias a costurar.
Com todo carinho monta e ensaia os atos e pensa:
- Os espectadores não podem esperar... nem ela!
Imprevistos contornados com tudo pronto segue no carro de som:
- Venham, venham todos conhecer o circo que acaba de chegar! Com muitas atrações só faltam vocês para completar!
E aos poucos foram chegando... e com imensa felicidade ela os recebe:
- Sejam Bem-Vindos! Abram seus corações! O espetáculo vai começar!
E é assim, com essa prosa metafórica que os recebo e agradeço a atenção.
Esse blog foi construído com muita dedicação. Espero que vocês gostem!
Um beijo, Denise.
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