Feriado
Da varanda contemplo a praia
Pelas grades de proteção
Na rede me balanço
Ao som do pancadão
Resolvo ir andar
Botar meus pés na areia
Fui a paz buscar
Pego uma frieira
Mesmo assim não desisto
Fico para apreciar
E com muito esforço
Consigo relaxar
Num minuto de meditação
Sinto alguém se aproximar
Abro os olhos e vejo
Um belo rapaz a sentar
Ele chega bem perto
Como quem vai sussurrar
De repente sai correndo
Com minha bolsa a levar
Porque que vim pra cá!
Quanto azar!
Só a benção de Iemanjá
Para melhorar
Então me levanto
E vou me banhar
Respiro fundo
Para mergulhar
No silêncio d´água
Faço uma oração
Isso me acalma
O coração
Neste momento
Todo mal esqueço
E me lembro o porquê
Que todo feriado eu desço
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