Prosa Eletrônica
Deparando com a tela vazia, no meio do dia digita pensamentos dispersos
Que vêm á mente e que no cotidiano conscientemente deixa de lado.
Idéias mirabolantes de um ser revolucionário aquietado que se vê preso pelo meio, ou por si mesmo.
E de imediato vêm a resposta pré-programada que com todas as forças se faz digerir para seguir no dia a dia, que as responsabilidades devem superar as vontades e que ser respeitável é ser passivo e equilibrado, previsível e controlado.
Na busca de ser o que esperam, deixa de ser si mesmo e ao parar se esforça para lembrar o que é, ou foi, ou seria... em lamentação não se deixa levar e nem consegue, pois acontecimentos á sua volta estão para dispersar qualquer instinto de vida, a lobotizar e robotizar... e fazer esquecer do individual para viver a irrealidade real.
Marcas e resquícios estão no ser o qual se cega, mas num deslize do controle se pega á enxergar uma cicatriz em sua pele que o faz lembrar do episódio quando a adquiriu, que o faz ser gente ou provar que foi... da liberdade de correr sem rumo, ou com muitos, que agora o paralisa em frente á realidade... que não permite um impulso e muito menos quedas.
E a cicatriz dói, não fisicamente, mostrando que o passado a cada dia fica mais distante, assim como o EU.
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